
Tarde feliz no Estádio do Mar, com os locais pela primeira vez na presente temporada a garantirem o terceiro triunfo consecutivo, proeza que permitiu engordar o cabaz de optimismo que parece definitivamente instalado entre os adeptos, que já sonham com algo mais que a permanência. O próximo jogo é frente ao E. Amadora e, em caso de triunfo, os leixonenses podem ter uma palavra a dizer no que diz respeito à luta pela SuperLiga. No primeiro período, o Leixões experimentou algumas dificuldades para furar a consistente defesa do Portimonense, muito bem comandada por Duka e Rodrigo, e apenas criou uma verdadeira ocasião flagrante: João Pedro trabalhou bem a bola na área e assistiu
Cadinha que rematou fraco para uma defesa fácil de Tozé (15). Seguiu-se uma etapa incaracterística, com o futebol a baixar de qualidade. As incursões de Leonardo pela faixa direita eram o único motivo que entusiasmava a massa associativa leixonense. Elvis, na sequência de um livre cobrado por Rui Duarte, cabeceou por cima (36) e ao cair do pano Cleuber cortou para canto para uma jogada de perigo conduzida por Kanu (43). A expectativa mantinha-se para o segundo tempo. Os instantes iniciais do segundo período mostraram um Portimonense mais atrevido comparativamente ao (muito pouco) que demonstrou no primeiro tempo. Apesar dessa mudança de atitude, o Leixões também continuou a procurar o golo e, por via disso, o jogo tornou-se mais atractivo. Neste período, Dionísio, após combinação com Serafim, entrou na área e rematou para golo só que Tozé, muito atento, defendeu para canto (49). A entrada em cena de Jorge Gonçalves, que se fartou de provocar desequilíbrios na área contrária e ganhar faltas, e a expulsão (correcta) de Rui Ribeiro determinaram de vez a tendência da partida, passando o Leixões a exercer maior pressão junto à área algarvia. O golo de João Pedro, após desvio de Jorge Gonçalves na sequência de um lançamento longo de Leão, materializou a superioridade leixonense. Na área, o melhor marcador do Leixões desferiu um remate sem hipóteses para Tozé. Aqui iniciou-se o período mais empolgante dos locais, com Elvis (63) e Jorge Gonçalves (64) a cabecearem com muito perigo para as mãos de Tozé. O Portimonense tentou reagir, António Pacheco lançou todos os seus trunfos, mas a expulsão de Mateus (alegadamente por palavras dirigidas ao fiscal-de-linha) deitou tudo a perder. Paradoxalmente, a jogar contra nove unidades, o Leixões não exibiu a tranquilidade necessária para sentenciar mais cedo a partida e, assim, sossegar os seus adeptos. Foi mesmo preciso esperar pelo último minuto da partida para Dionísio, após cruzamento irrepreensível de Jorge Gonçalves, marcar o segundo golo da partida e assim dissipar eventuais dúvidas que existissem nos adeptos que assistiam ao espectáculo.
Ficha de Jogo
Liga de Honra 2004/2005
25.ª Jornada (16 de Março de 2005)
Estádio: do Mar, em Matosinhos
Árbitro: Paulo Costa (Porto)
Leixões: Marco; Leonardo, Elvis, Cleuber e Serafim; Leão (Joel, 69), Luís Manuel, Cadinha (Bruno China, 74) e Rui Duarte (Jorge Gonçalves, 55); Dionísio e João Pedro
TR: José Gomes
Portimonense: Tozé; Rui Ribeiro, Rodrigo, Duka e Morgado; Marinho, Barrigana (Serjão, 65), Paulo Teixeira e Paulo Fonseca (Cavaco, 71); Kanu (Carlos Gomes, 79) e Mateus
TR: António Pacheco
Ao intervalo: 0-0 Resultado Final: 2-0
Marcadores: João Pedro (61) e Dionísio (89)
Cadinha: No primeiro tempo, teve o golo nos pés mas o remate saiu-lhe fraco. Merecia esse prémio, pois tem sido dos melhores jogadores da equipa neste período de três vitórias consecutivas. Com a saída de Rui Duarte, actuou no seu «habitat-natural», no centro do terreno, e debitou muito futebol.
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